sexta-feira, 19 de junho de 2009

Capítulo 04 • The deal

(O Acordo)

- Tem certeza de que não quer entrar? – Perguntei assim que o Jake parou o seu conversível em frente ao portão do condomínio onde eu morava.
- Não, Kait. Tô cansadão, e você também precisa descansar. A não ser que você tope que descansemos juntos. – Ele riu. Descarado, caso perdido.
De fato, eu estava super cansada. O dia já estava claro com um sol bonito brilhando do lado de fora do carro. Os primeiros funcionários do Saint Paul's Artigos de Luxo já cuidavam da vitrine e da manutenção da loja, deixando-a impecável como sempre.
- Esqueça, Jake. Não irá me convencer a ir para a cama com você assim. Tem que melhorar os argumentos, honey. Anyway, eu fico aqui mesmo, então. Poupar tempo às vezes é bom. – Conclui já me inclinando para beijar-lhe o rosto e para sair finalmente do veículo.
- Outras coisas, porém, pedem a maior duração possível... – Senti a sua mão segurar o meu pulso firmemente, me puxando para ele. – E a menor quantidade de roupa. – Completou, beijou o canto da minha boca e só então me soltou. – Bons sonhos, Kait.
Olhei-o com uma das sobrancelhas erguidas e sequer lembrei de agradecer. Acenei com a cabeça, abri a porta e saí em direção ao portão.
- Bom dia, Senhorita Kaitlin. – João, o segurança, me cumprimentou formalmente.
- Péssimo dia, João. Péssimo dia. Apreenderam o meu carro em uma blitz, acredita? – Respondi. Nunca fui do tipo que evitava ser vista falando com os empregados. Para ser sincera, freqüentava lugares tão esdrúxulos que não tinha nem porque evitar esse tipo de coisa. Além disso, odiava esse tipinho de gente que se acha superior só por ter mais dinheiro na conta bancária. - De qualquer forma, é provável que o automóvel seja trazido por um cara aí. Pede para colocar lá na garagem, tá? Deixa do lado de fora mesmo. Ah! E, pelo amor de tudo o que é mais sagrado, não comenta com ninguém a história da blitz, ok?
- Sim, senhorita. - Isso, João. Discreto como sempre. - Olha, aquele rapaz está procurando pela senhora Marissa desde às quatro horas da manhã. Pedi que aguardasse, pois não tinha autorização para deixá-lo entrar.
Olhei para trás e só então percebi as duas grandes malas que repousavam ao lado do muro. Um moreno de aproximadamente 18 anos estava vindo em minha direção. Ele tinha tudo para ser bonito, mas era... um caipira. Pela camisa pólo amarrotada e pelas olheiras no rosto podia prever que ele não tinha tido um sono confortável. Definitivamente não. Sorri por dentro.


  
”Não, Kait. Tô cansadão, e você também precisa descansar”, escutei uma voz grossa dizer. Se não tivesse ouvido o nome “Kait” diria que estava sonhando, mas eu sabia que aquilo era real. Pouco a pouco os meus olhos começaram a se abrir e pude ver uma imagem embaçada de um conversível vermelho se materializar na minha frente. Olhei através da janela e vi os cabelos escuros - ainda que levemente aloirados pelo sol - e lisos presos em um coque frouxo. A garota aparentava ter uns dezessete ou dezoito anos e, embora ainda não pudesse ver direito, parecia ter um corpo tão atraente quanto o rosto.
- A não ser que você tope que descansemos juntos. – O rapaz que a acompanhava falou baixo, mas ainda assim consegui ouvir. Cara, como ela era vulgar. Deveria ser daquele tipinho de garota popular que freqüenta tudo quanto é tipo de festa e faz filinhas de garotos para pegar um por um. Vai morrer cheia de sapinho na boca, certeza.
Por alguns instantes me perdi em meus pensamentos e não me lembrei de escutar o que eles disseram nesse meio tempo. Acabei sendo arrancado dos meus devaneios pela batida da porta do carro. Apenas observei atentamente e me calei. Não sabia o porquê, mas queria saber cada letra que ela tinha a falar naquele momento.
- Bom dia, senhorita Kaitlin. – O segurança enfezado cumprimentou-a educamante mantendo o tom de formalidade.
- Péssimo dia, João. – Hm, então o nome do sujeitinho era João. A propósito, como ela era insolente. – Apreenderam meu carro em uma blitz, acredita? – Hm, além de arrogante era irresponsável. Alta velocidade ou álcool? Apostava na segunda. Atentei. - De qualquer forma, é provável que o automóvel seja trazido por um cara aí. Pede para colocar lá na garagem, tá? Deixa do lado de fora mesmo. Ah! E, pelo amor de tudo o que é mais sagrado, não comenta com ninguém a história da blitz, ok?
Ouvia cada mínimo detalhe com o máximo de atenção e, quando o segurança gay abriu a boca, comecei a me aproximar. Não poderia ficar parado ali, não? Pois é.
- Sim, senhorita. Olha, aquele rapaz está procurando pela senhora Marissa desde às quatro horas da manhã. Pedi que aguardasse, pois não tinha autorização para deixá-lo entrar.
Ela se virou e pude ter três certezas: 1) estava certo quanto ao corpo ser tão atraente quanto o rosto; 2) estava ainda mais certo quanto ao jeito arrogante e metido; 3) ela me atraía. Me olhou de cima a baixo e vi um sorriso se formando no cantinho dos seus lábios. Ela parecia feliz com a minha cara acabada, quase que igual a de um zumbi - isso se o "quase" não fosse bondade da minha parte. Por que essa gentinha da cidade grande é assim, hein? Se acham superiores ou o quê? Stupid girl.
- Adam Rowan, prazer. – Estendi a mão e tentei ser educado. – Sou o sobrinho de terc...
- Eu sei quem você é. Infelizmente, que fique claro. - Ela disse antes mesmo que eu pudesse terminar. Isso que dá tentar ser educado na Califórnia.
– Ok, Kaitlin. Obrigado por deixar que eu me apresentasse.
– E me poupe com os seus cumprimentos antiquados. – Completou olhando para a minha mão e deixando-a estendida no ar. Vácuo, hoho.
- O prazer é todo meu, priminha. – Desisti de ser educado. Estava de favor sim, contudo não iria tolerar as patadas de qualquer pirralhinha estúpida.
Ela me fuzilou com o olhar e atravessou o grande portão de ferro. Segui-a. O caminho até a casa não era muito longo, mas levava o tempo suficiente para que eu pudesse notar o quanto as casas eram bonitas e o quanto poderia me divertir naquele lugar. É, talvez a Califórnia tivesse seu lado bom. Finalmente ela cruzou uma bifurcação e entrou em uma rua que só dava acesso a duas casas: uma amarela e uma outra de vidro, onde ela morava.


Vê-lo seguindo-me para cima e para baixo me irritava profundamente. Tá, tudo bem que não era sua culpa, mas ainda assim. Ele poderia usar um GPS ou pedir informação ao João e me deixar em paz – amém! Como isso não aconteceu, não vi outra solução a não ser seguir pelo caminho que costumava fazer de carro. Falando em carro, teria que pensar em uma desculpa que justificasse a sua ausência quando a minha mãe chegasse e perguntasse por ele.
Talvez ter forçado tanto o meu cérebro tenha feito com que eu gastasse uma quantidade enorme de energia, pois logo percebi o quanto precisava de uma boa noite (ou dia, tanto faz) de sono para recarregar o meu corpo. É, a desculpa poderia esperar, os problemas poderiam esperar. Precisava dormir. Abri a porta e sem dirigir uma palavra sequer ao caipira subi as escadas em direção ao meu quarto. Lembrei-me que ele também precisava dormir e, colocando o meu lado mais benevolente em ação, me virei para dizer:
- Segundo quarto à esquerda.
Entrei no quarto, troquei de roupa e dormi. Cama, doce cama.

[...]

Ouvi o toque irritante do celular fazer-se (muito) audível aos meus ouvidos. Merda. Olhei para o relógio, que ainda marcava onze horas e quarenta e sete minutos, o que significava que eu estava dormindo há menos de 6 horas e já tinha gente atrapalhando o meu precioso momento de descanso. Desisti de resmungar pelo quanto a vida era ingrata e fui atender de uma vez por todos o telefonema. Mal humorada, sequer olhei o visor.
- Fala. – Respondi grosseiramente.
- Affe, Kait. Que mau humor. – Ouvi a voz da Sarah, que parecia animada. Bom para ela. – E então? Quais os planos para o final de semana? A festinha aí ainda tá de pé?
- Nope. Fala com a galera que não vai rolar. – Eu disse enquanto esfregava os olhos com força e sentava na cama. Droga, havia me esquecido. Teria que dar um jeito de desmarcar a festa que aconteceria caso eu não tivesse gastado todo o meu dinheiro com uma droga de multa. Merda, merda, merda.
- AHN? COMO ASSIM?
- Blitz. Álcool. Direção. Não combinam, acreditem. Quase quinhentos dólares de multa e o carro ainda tá apreendido. Tô zerada.
- Mas... ah, cara, que porra! Não tô nem um pouco afim de ficar aqui sem fazer nada. Acho que tenho uns trocados. Vou falar com os caras e te ligo. Só um pouco de bebida e diversão não faz mal a ninguém.
- Ok. – Já planejava desligar o telefone quando lembrei-me de outro detalhe. – Aaah, Sarah! Não vai rolar de ser aqui em casa. Corre o risco da minha mãe voltar hoje pela tarde, acho.
- Caralho, Kait. Desde quando você é tão desorganizada assim, hein? Casa do Matt, então? Ou na minha?
- Sei lá. Na de quem estiver disposto a ceder um espaço com álcool o bastante.
- Formou.
- Só me liga para confirmar.
- Ok. Beijo, gata.
Desliguei o celular e joguei-o ao lado da cama. Não conseguiria voltar a dormir agora que já estava sentada. Resolvi tomar um banho – o que, devo admitir, não fazia há algum tempo – e trocar a roupa de dormir por alguma mais digna. Já devidamente vestida – tá, talvez não tão devidamente assim, tendo em vista que escolhi um short e uma blusa de alça que condiziam com o clima da Califórnia, ou seja: curtíssimos -, liguei o som e me entreguei a música. Precisava relaxar.


Poderia estar perfeitamente acomodado no meu quarto, que mais parecia um flat: um quarto e sala com cozinha americana, banheira e até mesmo um bar – sim, a birita deve ser o ponto fraco dos californianos. Como se não bastasse, as três paredes de vidro que se voltavam para o jardim me forneciam uma vista perfeita do mar e da piscina com borda infinita. Cara, poderia ser o paraíso, mas não era. A música alta começava a se espalhar por todo o cômodo.
Oh, era uma música desconhecida, mas extremamente agradável. Daria vontade de dançar em qualquer situação, exceto uma: essa. PQP! Eu estava tentando recuperar todo o sono perdido durante esse inferno de noite e aquela garota idiota resolve colocar uma música nas alturas? E nas alturas MESMO! Afinal eu não estava nem dentro da casa, uma vez que o quarto da piscina é separado do restante do imóvel. Ah, não. Atrapalhar o meu sono não. Era só o que me faltava.
Levantei contrariado e me dirigi ao interior da casa, onde ficava o quarto da Kait. Me guiei pelos meus leais ouvidos e não demorei para descobrir de onde estava vindo o som insuportavelmente alto. Bati uma, duas, três, quatro vezes. Surda. Bati pela quinta vez e resolvi acrescentar um reforço às batidas:
- KAITLIN! – Berrei a plenos pulmões.
Ouvi o barulho de passos e o som parou. Segundos depois e ela estava em frente a mim usando um short que mal cobria a sua bunda e uma blusinha que valorizava a sua cintura fina e os seus seios fartos. Involuntariamente, desci o olhar até as suas pernas despidas e deixei-o por lá.
- Dá para parar de olhar para as minhas pernas e me dizer que porra você tá fazendo aqui no meu quarto? – Ela perguntou grosseiramente, só para variar.
- Posso dizer o que me trouxe até aqui sim, mas vai ser mais difícil cumprir a parte do “parar de olhar”, afinal as suas pernas são mil vezes mais atrativas do que o seu rosto. Não que isso seja difícil, de qualquer forma. – Revidei e um sorriso cínico brotou nos meus lábios. Era bom que ela soubesse que ela não era a única que sabia ser grossa ali.
Antes que pudesse manter o joguinho, porém, percebi que ela preparava-se para bater a porta em minha cara e desisti, voltando a olhá-la nos olhos.
– Só quero paz. Será que dá para diminuir o volume? Se você não sabe, perdi a minha maravilhosa noite de sono e estou tentando recuperá-la.
- Diminuir o volume? – Ela virou-se e seguiu na direção do som, que ficava ao lado de um computador de tela de plasma decorado com várias fotos de casais dançando. Pelo menos para esse tipo de música ela tinha bom gosto. Prosseguiu. – Quer que eu diminua o volume para que você possa dormir melhor? Mas é claro... – Parou um pouco de falar e levou a sua mão direita ao encontro do botão do volume. – Que não. – Completou mais grossa do que nunca e girou o dispositivo no sentido horário, aumentando o som ao máximo. Como isso era possível, inclusive? Achei que já estava alto o suficiente para representar uma ameaça à humanidade. Campanha “Todos Contra a Kaitlin” já.
- SERÁ QUE DÁ PARA NÃO SER TÃO GROSSA? – Berrei tentando superar o volume da música. Ela me ignorou e começou a dançar, o que fazia muito bem.
A dança sempre exercera certo fascínio sobre mim. Desde pequeno gostava de assistir aos espetáculos e de dançar até sentir os músculos fadigarem. Gostava do contato, do olho no olho, da mão na cintura. Me fazia bem. Dançar desde sempre fora a minha paixão. Percebi que ela não iria se render e desisti.
Voltei para o quarto disposto a permanecer acordado até pensar em algum jeito de fazê-la comer na palma da minha mão e acabar aquela marra. Mal sabia eu que nem precisaria de tanto tempo assim. Vingança, doce vingança. Chantagem, (ainda mais) doce chantagem. Ela pararia por bem ou por mal.


Ouvi um barulho de motor e corri até a janela na esperança de que pudesse ser o tal cara que havia se encarregado de trazer o meu carro. Doce ilusão. Ainda de longe pude ver a Mercedes prata. Definitivamente, era a minha mãe. Droga, mil vezes droga. Ainda tinha que pensar em uma desculpa para justificar o sumiço do meu carro e pensar em um possível (e justificável) gasto extra para que ela pudesse liberar alguma grana, o que eu achava ainda mais difícil. Mais essa segunda parte não fazia tanta diferença. Uma festa a mais ou uma festa a menos nunca matou ninguém.
Desliguei o rádio – ela odeia música alta – e desci as escadas rapidamente. Cheguei bem a tempo de ver a porta de vidro dos fundos, que dava para o jardim e para a piscina, se abrir e o Adam aparecer e confirmar o que eu já suspeitava: eu não havia sido a única a notar o barulho do carro.
Ele já não estava com aquela cara de zumbi que levou vários socos e depois foi empacotado à vácuo. Pelo contrário: agora, devidamente arrumado e descansado, ele até que parecia gente. Tá, ele parecia gente bonita. Um cara bonito e gostoso, se quer saber. A camisa preta destacava a sua pele clara e corada, bem como os cabelos escuros e despenteados. Os olhos verdes tinham um brilho distante e pareciam, sei lá, profundos. Profundos e... hipnotizantes. Desviei o olhar, mas os meus olhos resolveram parar justamente nos braços fortes e definidos, que faziam as mangas da camisa ficarem mais justas naquela região do que no restante do corpo. Ca-ra-lho. Eu não estava realmente achando o caipira bonito, estava? É claro que não. Caipira. Bastou que eu lembrasse desse fato para que os seus músculos atrofiassem bem ali, diante dos meus olhos. Da roça.
- Mãe. Então você já chegou. – Falei apática enquanto andava na direção dela e depositava um beijo sem graça em sua bochecha.
- Quanta empolgação, meu Deus! Faço tanta falta assim, é? – Ela riu e abraçou-me com vontade. Senti a minha cabeça chacoalhar e os meus ossos doerem. Por mais que tentasse, não consegui sorrir.
- Não é isso. Só não tinha certeza de que chegar...
- Adam! Meu Deus, como você cresceu! – Ouvi-la falar e se dirigir ao local onde o Adam encontrava-se com toda a empolgação do mundo. Obrigada por me interromper e pagar pau para o da roça, mãe.
Como se não bastasse, resolveu piorar ainda mais a situação e voltou-se para mim:
– Ele tá uma gracinha, não tá, Kaitlin? Vocês nem devem se lembrar, mas ele veio para o seu aniversário de 4 aninhos! Vocês se grudaram e não se largaram mais. Diziam que eram namoradinhos. Uma gracinha!
- Não me faça perder o apetite, Marissa. – Minha voz acabou saindo mais ríspida do que planejava.
- Como a senhora tá, tia? Linda como sempre, é claro! – Da Roça disse gentilmente, abraçando-a com firmeza. Puxa-saco, eca.
- Tô ótima, meu lindo! E você? Está bem instalado, não é? Se estiver precisando de alguma coisa é só falar com a Kaitlin que ela providencia para você. Espero que esteja gostando da casa, querido!
- Claro, tia. A casa é linda. A única coisa que não me agradou muito foram os seguranças. – Ele disse e olhou diretamente para mim.
Involuntariamente ergui a minha cabeça e encarei-o. Ele olhava para mim e trazia no rosto um sorriso torto e... nojento. Definitivamente, aquele jeito irônico dele me matava. Fuzilei-o com o olhar e senti as minha bochechas arderem de raiva. Ele NÃO iria destruir os meus planos para o final de semana e prejudicar os meus próximos dias com um castigo idiota. Não mesmo.
- Mãe, um banco onde você tem conta pediu para que entrasse em contato o mais rápido possível. – Menti apenas para interromper. – O número tá em sua escrivaninha, lá no escritório. Acho que é sério.
- Obrigada, meu amor. – Marissa disse e finalmente se desvencilhou do abraço de séculos. – Vou tomar um banho e aproveito para ver, ok?
Assenti com a cabeça e esperei que ela subisse as escadas e a porta do seu quarto se fechasse. Furiosa, atravessei a sala e, parando bem em frente a ele, explodi:
- Você não vai ferrar com a minha vida, tá ouvindo? Não vai! Não é porque você é o sobrinho roceiro preferido da minha mãe que eu tenho que ficar puxando o seu saco e fazendo o que você quer. Você NÃO manda aqui, Adam. Esse aqui é o MEU lugar.
- Talvez esteja na hora de dividir, priminha. – Cruzou os braços em frente ao peito musculoso e se recostou na parede voltando a sorrir ironicamente.
Dava para ver através da sua expressão que ele só fazia aquilo para me irritar. E, infelizmente, ele estava conseguindo.
- O que você quer, hein? Na boa, o que você quer para me deixar em paz? – Respirei fundo, tentando me controlar e já me preparando para deixar os meus cinco dedos marcados em seu rosto branco em caso de alguma respostinha mal educada.
- O que eu quero? Paz, Kaitlin. Só paz. E um pouco de Nevada, se não se importa. A tia Marissa disse que você lida bem com as bebidas. – Piscou com um sorriso vitorioso e sarcástico no rosto. – Só não demora, tá?
Quem ele pensa que é? Bem, eu sabia bem que ele era: ele era uma nada e iria perceber isso em breve. Muito em breve. Alguém ia morrer. Ah, se ia. Pode comprar o caixão, Adam.

Fim do capítulo 04 • The deal

7 comentários:

Amanda disse...

caaaraa ! tá cada vez mais emocionante *-*

conheci seu blog ontem, já li os 3 primeiros capítulos e acabei de ler o 4º *o*

muito bom :D
continuuua rs.

Lah =) disse...

cooontinua *---*
sério, tá perfeeeito ! *----*
:*

Andreia Rainha disse...

Amei!!! Sério, amei!! Amo dançar e estou adorando. Li só o primeiro capítulo e já vou ler o resto.
Tenho um blog, e vou fazer um post recomendando essa web que é demais.

- disse...

por favor continua *-*

Bárbara Montenegro disse...

Tô adoraaaaaaando! Parabéns *o*

cela (: disse...

mew, muito perfeito cara, continua *_*

maria gladis graciela da silva pimto (nome ficticio,dã) disse...

parabens mesmo *o* tá maravilhoso e eu nao consigo parar de ler (agr eu parei porque eu já li tudo, ms quando tive mais eu vo ler mais, dã, obvio :D ) pf continua.
ALHOHLOLHOLHOLAHOLH, 5789541254 bjs